terça-feira, 7 de dezembro de 2010

FEST ARUANDA: A festa do audiovisual



"Será a celebração do cinema paraibano". Com essa frase, o jornalista e professor Lúcio Vilar, coordenador geral do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro - Fest Aruanda, destacou ontem, durante entrevista coletiva no restaurante Terraço Brasil - Cozinha e Arte, no Cabo Branco, o grande número de atores e diretores paraibanos que estarão participando da sexta edição do evento, cuja abertura oficial acontece na próxima sexta-feira (10), às 20h, no Salão Sérgio Bernardes do Tropical Hotel Tambaú, em Tambaú, com a presença dos diretores Renato Terra e Ricardo Calil, apresentando o longa-metragem Uma noite em 67.


Lúcio ressaltou que o Fest Aruanda vai homenagear os 50 anos do documentário Aruanda, dirigido por Linduarte Noronha, e o centenário do cineasta João Córdula (in memoriam). O Fest-Aruanda também entregará troféus aos atores José Dumont e Zezita Matos e aos cineastas Carlos Diegues e José Joffily (pelo conjunto da obra) e ao escritor Bráulio Tavares (pela contribuição à crítica cinematográfica paraibana).

O coordenador afirmou que o Fest Aruanda vem evoluindo desde 2003, o ano de estreia, quando ainda se chamava Mostra 'Rodrigo Rocha' de Vídeo Universitário e estava circunscrito ao campus local da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). "Na primeira edição, realizada na Sala Lampião do Departamento de Comunicação Social da UFPB, o público era de 70 pessoas. Em 2005 mudamos o nome para Fest Aruanda e expandimos para fora dos muros da Universidade. Em 2006 passamos a sediá-lo no Tropical Hotel Tambaú, já com uma programação nacional. E no ano passado o público foi superior a 600 pessoas", acrescentou.

Para Lúcio, o ano emblemático do Fest Aruanda foi 2009. Ele lembrou, inclusive, do cineasta Vladimir Carvalho que, após o encerramento do evento, disse que a quinta edição fora "uma divisor de águas na história do projeto". "A mudança de nome também imprimiu uma nova dinâmica ao Fest Aruanda e, no ano passado, com a exibição do filme Lula, o filho do Brasil, de FábioBarreto, tivemos um salto de qualidade que culminou com o maior público da história do evento", completou. Na edição deste ano, segundo ele, o destaque será o filme Godard, Truffaut e a Nouvelle Vague, do cineasta francês Emmanuel Laurent, que dará agora uma dimensão internacional ao festival.

O Fest Aruanda fará uma homenagem ao movimento cinematográfico ocorrido na França e que ficou conhecido como Nouvelle Vague. O evento terá ainda um seminário nacional sobre os 50 anos do movimento, além de seminários sobre os 50 anos de Aruanda e, por fim, o seminário 'Crítica cinematográfica: História, impasses e desafios contemporâneos'.

Para esta edição também está garantida a expedição à cidade de Cabaceiras (a 'Roliúde Nordestina'). O Fest-Aruanda também terá com atividades paralelas, a exemplo das oficinas, que este ano será de animação, roteiro para cinema, som para cinema e vídeo e TV pública e universitária. Outras atividades são o Fórum Permanente do Audiovisual Paraibano e o seminário interdisciplinar 'Camposemergentes e intercruzados: cinema, ciberespaço, games e HQ'.

Na Mostra Competitiva - o módulo mais significativo - serão exibidas produções de várias regiões do país, a exemplo dos longas-metragens Contratempo, de Malu Mader, Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil, e 5 vezes favela, agora nós por nós mesmos, de Carlos Diegues.



Fonte: Jornal O Norte

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